Onde foi parar a vontade de se revoltar? Agora amortecidos pelo que virá no próximo horário da programação... Onde está o ímpeto de destruir, queimar? Onde estão os inimigos? Que inimigos? Aqueles que outrora eram tão distinguíveis agora misturam-se aos amigos. Se não há mais jeito de destruir e queimar, que tal construir? Construir laços, construir locais tanto imaginários quanto reais. Cadê?
Foi-se, perdeu-se. Por quê? Não sei dizer.
Guiados pelo quê? Pergunto outra vez.
Antes era raiva, vontade de mudar.
Agora?
Nada. Absolutamente nada.
Será que outros foram como fui? Deixaram-se levar pelo que não se atingiu?
Será que eu mesmo sou assim?
Não sei, só sei que não revolto-me, que não destruo, que não queimo.
Mas talvez... talvez é denovo, vez de comemorar sob o belo dançar das chamas.
4.13.2011
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