1.19.2010

Na noite

Estas almas, abandonadas à própria sorte.
Há beleza aí?
No descaso com que tratamos nosso próprio espírito.
Há beleza aí?
Na maneira em que não ouvimos.
Na maneira em que deixamos de ver.

Todos perdidos, afastados de nossos sentidos.
Fechando meus olhos, enxergo mais do que nunca vi.
Agora escuto as notas que antes me eram ruídos.
Danço, danço. E agora eu sei que há beleza aqui.
O manto da noite descobre os medos guardados.
A falta de coragem, coragem de viver.
O que à luz do dia se esconde agora se revela.
As angústias da alma, o medo de não amar.
E isto me diz: Há beleza aí.
Abraça tua imperfeição,
fecha teus olhos durante a noite e abra teus ouvidos,
o ar quieto e puro traz vida.
Está na hora de voltar a sentir, agora entendes, agora vives.
Há sim beleza aí.

1.07.2010

Não! Não!
Não dou a mínima.
Se me amas ou não.
Só quero a batida leve da música boa.
Só quero meus pés dançando sozinhos.
Só quero estender para sempre
esta alegria inocente que me faz sorrir
à menor das belezas, à música simples.
Agora para mim é printemps.

1.03.2010

Poeta somos todos?

Será que sou pessoa para fazer arte com minha palavras?
Ahhh! Besteira! Por que eu não seria?
Todos aqueles que sentem, e todos aqueles que falam
Se são capazes de ambos, são habilitados a expor suas almas
são capazes de fazer arte
de formar a abstração do sentimento
em toque à vida alheia
Só não garanto que serão apreciados.
Mas e o que alguém quer com apreciação?
Desde que eu sinta, não preciso disto
e nem mesmo de falar, escrever.
Se eu sinto.
Sou arte.
Dispenso até palavras.
ADEUS!