4.24.2011

Ahh! Tão famosa, esta linha tênue que separa a sanidade da loucura.
Fato é que conforme mais nos debruçamos em busca das verdades, mais nos afundamos em relativismos, as certezas escapam por entre os dedos. É um paradoxo e tanto. Mergulharmos neste mar de desconfiança.

Se quando olho para os objetos e pessoas ao meu redor e eles me parecem estranhos, deveria me preocupar ou ficar satisfeito? Estranhamente me inclino a segunda resposta.
Em que ponto cheg(ei?)amos. Como podem estas coisas repletas de concreticidade, serem desafiadas por algo tão sutil como uma mente, tão indefinível, tão abstrata ou também tão concreta.

Esta sensação de que vivo, seria uma ilusão? Se sim, de que tipo, por quê?
Estas sensações de que as coisas se passam, vêm e vão. De que existiu um antes e que certamente haverá um depois. De que maneira estou preso a isto? E de que maneira posso cogitar não aceitá-los se só cogito não o fazer dada estas mesmas experiências?

Como libertar-se destas perspectivas e atingir algo que não sei o que é, mas que sei que necessito.
Entregando-me a loucura?
Ou quem sabe, chegando até aqui e ser capaz de rechaçá-la?

4.13.2011

Onde foi parar?

Onde foi parar a vontade de se revoltar? Agora amortecidos pelo que virá no próximo horário da programação... Onde está o ímpeto de destruir, queimar? Onde estão os inimigos? Que inimigos? Aqueles que outrora eram tão distinguíveis agora misturam-se aos amigos. Se não há mais jeito de destruir e queimar, que tal construir? Construir laços, construir locais tanto imaginários quanto reais. Cadê?
Foi-se, perdeu-se. Por quê? Não sei dizer.

Guiados pelo quê? Pergunto outra vez.
Antes era raiva, vontade de mudar.
Agora?
Nada. Absolutamente nada.

Será que outros foram como fui? Deixaram-se levar pelo que não se atingiu?
Será que eu mesmo sou assim?

Não sei, só sei que não revolto-me, que não destruo, que não queimo.
Mas talvez... talvez é denovo, vez de comemorar sob o belo dançar das chamas.