4.24.2011

Ahh! Tão famosa, esta linha tênue que separa a sanidade da loucura.
Fato é que conforme mais nos debruçamos em busca das verdades, mais nos afundamos em relativismos, as certezas escapam por entre os dedos. É um paradoxo e tanto. Mergulharmos neste mar de desconfiança.

Se quando olho para os objetos e pessoas ao meu redor e eles me parecem estranhos, deveria me preocupar ou ficar satisfeito? Estranhamente me inclino a segunda resposta.
Em que ponto cheg(ei?)amos. Como podem estas coisas repletas de concreticidade, serem desafiadas por algo tão sutil como uma mente, tão indefinível, tão abstrata ou também tão concreta.

Esta sensação de que vivo, seria uma ilusão? Se sim, de que tipo, por quê?
Estas sensações de que as coisas se passam, vêm e vão. De que existiu um antes e que certamente haverá um depois. De que maneira estou preso a isto? E de que maneira posso cogitar não aceitá-los se só cogito não o fazer dada estas mesmas experiências?

Como libertar-se destas perspectivas e atingir algo que não sei o que é, mas que sei que necessito.
Entregando-me a loucura?
Ou quem sabe, chegando até aqui e ser capaz de rechaçá-la?