8.19.2007

O Homem e o Meio Ambiente

Ao ler um artigo no centro de mídia independente [www.midiaindependente.org] indo contra a estatização da Companhia Vale do Rio Doce, devido ao fato da mesma prejudicar o meio ambiente tive umas pequenas reflexões tristes sobre como a questão do Meio Ambiente está sendo vista. É fato que esse assunto nunca esteve tão presente na mídia e portanto agora já se fixou na mente de todos, tanto que boa parte de trabalhos escolares, vestibulares e etc. comentam o assunto e o tomam como base para várias finalidades, acabou até virando papo de boteco. Considero-me um ecologista, apesar de andar a passos humildes, ainda assim ando. Mas é necessário ter o dobro de cuidado quando se começa a adentrar o assunto "meio ambiente" para não se deixar levar para um dos lados da balança: o "Eco-Xiitismo" e o "Ceticismo Total". É incrível as vendas que ambas podem criar no discernimento e reflexão dos fatos e mais incrível ainda a grande quantidade de ambas as correntes presentes até nas classes mais "cultas" [como educadores, pessoas com nível de escolaridade elevado e etc...].

Dizer que ecologistas estão errados ao apoiar a estatização da Companhia do Vale do Rio Doce é no mínimo falacioso. Não sei de todos os fatos, mas pelo o que tenho conhecimento a companhia aparenta ter um sério compromisso com o desenvolvimento sustentável e automaticamente com o meio ambiente. Irei deixar de lado aqui os aspectos econômicos e sociais da estatização que ao meu ver seria ter a garantia da soberania nacional [mineral] e a perda para a nação que foi a privatização, e sim me focar no que leva alguém a pensar da maneira que o criador do artigo, e as implicações de tal simplismo na hora de discernir fatos.

Seguindo a linha de pensamento do autor do artigo, ecologistas não deveriam apoiar esse tipo de empresa que são as carrascas da natureza. Mas ele se esquece da importância que essas atividades extratoras tomaram na vida humana, ele mesmo ao postar o artigo estava usando um computador que claro, teve suas peças extraídas de algum lugar para mais tarde serem transformadas no objeto "final". Nós não temos como voltar atrás [a menos que um desastre sem precedentes ocorra] e começarmos a viver como homens de 30.000 mil anos atrás, a nossa população cresceu de maneira exponencial e as tecnologias que facilitaram tanta coisa na nossa vida não tem como serem simplesmente esquecidas. Com isso em mente, me parece óbvio que o regresso não é uma opção, e vetar empresas que forneçam matéria prima para o progresso é sem dúvidas compactuar com a visão simplória da questão. A maneira realmente viável é o conceito de sustentabilidade e inovações tecnológicas para amenizar o impacto negativo humano somadas com grandes doses de pesquisas ambientais, debates científicos e conscientizações, todas sendo aplicadas da maneira mais imparcial possível.

Vejam bem... não estou dizendo que não existem problemas ambientais no mundo e que cabe a nós continuarmos com o modelo de desenvolvimento atual sem preocupação alguma, afinal é visível em praticamente todas as cidades do globo esse modelo de destruição sem se importar com as suas seqüelas. A grande divergência fica no tal do "Aquecimento Global" ou como outros preferem dizer "Mudanças Climáticas Antropogênicas". Falta muita informação para se afirmar algo com absoluta certeza no assunto, mas ignorando o fato, a grande mídia e as empresas não governamentais sem fins lucrativos, oops! Organizações... (ONG's) continuam bombardeando a grande população mundial com visões catastróficas e grandes estudos "detalhados e precisos". O debate entre os defensores desses estudos e os críticos deles não são divulgados como deveriam, os que mantém um certo ceticismo e ainda por cima bem fundamentado sobre o AG são abafados e não tem espaço nos grandes veículos de comunicação. Essa situação leva a uma visão imparcial, que acaba levando desde o João,bóia-fria do Nordeste, até a Maria, bem sucedida empresária do RS, a terem conceitos manipulados![Isto a nível nacional, que também aplica-se ao mundial].

Vale também destacar que não se sabe as forças econômicas/políticas que atuam a nível global infiltradas nos mais variados setores [Desde ONG's, favores políticos, imparcialidade da mídia e outros] incentivando a, como gosto de chamar, Onda Verde e quais os objetivos com tais incentivos. Espero sempre que sejam da mais boa índole!
Alguns possíveis fatores:
Desacelerar o crescimento de Países Subdesenvolvidos? Obrigar economias a estagnar em prol de reformas de suas matrizes energéticas? A União Européia visando minar forças que possam se opor politicamente e economicamente? Ou simplesmente a harmonia entre Homem e Meio Ambiente?

Do mesmo modo como todo esse problema me aflige, fico feliz ao saber que cada vez mais e mais pessoas estão injetando esforços pela preservação do meio ambiente, por alternativas tecnológicas nos variados setores mais ecológicas e sustentáveis, desde a extração até os serviços diversos. Até o aquecimento global pode estar desempenhando mesmo através do medo o papel de modificar uma era em prol da harmonia com a natureza. Não sei ao certo, mas mesmo assim prefiro ficar com a visão imparcial e gostaria que o assunto fosse tratado assim, para evitar equívocos na mente de todos... já que no final todos temos direito de saber a verdade!

E todos temos o dever de fazer a nossa parte!

Um comentário:

Anônimo disse...

Nem tudo q se vê se pode ter.